- agosto 2, 2022
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O direito humano à alimentação foi reconhecido na Declaração Universal dos Direitos Humanos (1948) e aceito pelos 162 Estados que ratificaram o Pacto Internacional sobre os Direitos Econômicos, Sociais e Culturais, e reafirmados nas Conferências de Cúpula Mundiais da Alimentação FAO. Segundo relatório da Rede Global contra Crises Alimentares (GNAFC), em 2020 os conflitos e crises deixaram mais de 20 milhões de pessoas com fome e 155 milhões em condições de insegurança alimentar, que se caracteriza pela insuficiente ingestão de alimentos devido à incapacidade de adquiri-los.
No caso do Brasil, o ranking de insegurança alimentar, segundo o POF/IBGE, mostra o retorno do país a índices nada satisfatórios. É intrigante saber que o Brasil é um dos principais produtores de alimentos do mundo e ainda assim apresentar índices que mostram o seu retorno para o mapa da fome. A desigualdade de renda entre pessoas ou grupos sociais é recorrente, e mostra os segmentos mais pobres com alta vulnerabilidade à insegurança alimentar. Segundo dados do Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no contexto da pandemia de Covid-19 no Brasil, 116,8 milhões de brasileiros apresentam algum grau de insegurança alimentar, e 9% da população sofre de insegurança alimentar grave ou fome.
Ainda que os conflitos sejam o principal fator de fome em muitos países, a Covid-19 e os extremos climáticos estão presentes nos relatórios mais recentes para demonstrar a atual situação de fragilidade e injustiças do sistema alimentar global, além de deixar clara a necessidade de ações sustentáveis e resilientes para conseguir atender a população de 8,5 bilhões até 2030. Neste contexto, é mais do que necessário nossa atuação, como atores no segmento de alimentação trabalharmos em prol da redução do desperdício de alimentos, mesmo que seja em pequenas ações.
Leonor Nabais da Furriela D`Ándréa